terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Iniciativas Internacionais


Brasil

Análise do Espaço Online Rived

Tipo de Recursos

Os recursos disponibilizados pelo Rived são actividades multimédia interactivas sob a forma de animações ou simulações. As animações e simulações permitem de testar diferentes caminhos, acompanhar a evolução temporal das relações causa e efeito, visualizar conceitos de pontos de vista diferentes e comprovar hipóteses. Assim, estas são instrumentos poderosos para despertar novas ideias, para relacionar conceitos, para despertar a curiosidade e para resolver problemas.
Os RED’S disponibilizados têm por objectivo dar suporte às aprendizagens nas diversas áreas disciplinares.

Formatos e Standards

Os recursos disponibilizados requerem a instalação de alguns plugins, tais como, Java, Flash Player e Adobe PDF reader. Também compatível com Sistema Operativos Linux.

Produção

O Rived (Rede Interactiva Virtual de Educação) é um programa da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação Brasileiro. Tem por objectivos a produção e disponibilização de recursos educativos digitais (RED’S). A principal meta que o programa pretende atingir é a de melhorar a aprendizagem nas disciplinas do ensino básico e profissional.
Em 1997 houve o acordo Brasil-Estados Unidos sobre o desenvolvimento da tecnologia para uso pedagógico. A participação do Brasil teve início em 1999 por meio da parceria entre Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico (hoje SEB) e a Secretaria de Educação à Distância (SEED). Brasil, Peru e Venezuela participaram do projecto. A equipa do RIVED, na SEED, foi responsável, até 2003, pela produção de 120 objectos de Biologia, Química, Física e Matemática para o Ensino Médio. Em 2004, o programa Rived é alargado também às universidades, através do Programa Fábrica Virtual, tentando captar o interesse dos professores no desenvolvimento de novas metodologias de aprendizagem e novos recursos educativos.
O programa Fábrica Virtual, prevê a realização de um curso online para produ ão de RED’S com o objectivo de dotar as equipas seleccionadas de conhecimentos sobre a criação de recursos educativos digitais. Cada equipa é constituída por um Professor de Licenciatura, um Professor de Informática e cinco estudantes graduandos, sendo três da licenciatura na área escolhida para a produção de conteúdos e dois da área de informática.
Anualmente é realizado um concurso direccionado para alunos de graduação e pós-graduação, professores de educação básica e profissionalizante. Os RED’s premiados passam a estar disponíveis para acesso livre no Rived, estando ao alcance de todos os professores e alunos.

Financiamento
O programa Rived é financiado pelo Governo Brasileiro através do Ministério da Educação e em particular pelas Secretarias de Educação Básica e de Educação à Distância. Não é possível obter através do site o valor do montante investido no projecto. Todos os recursos disponibilizados são de livre utilização sem custos para o utilizador. A produ ão de RED’s ainda financiada através de outras formas, como seja o caso de atribuição de bolsas por parte do Governo.

Licenciamento
Os recursos disponibilizados estão livres e abertos a todos os visitantes. O site não prevê registo nem autenticação de utilizadores, incluindo apenas uma área restrita para administração.
Os recursos estão a ser gradualmente registados através das licenças Creative Communs e podem ser livremente utilizados, copiados e alterados. Com as licenças Creative Commons, garantem-se os direitos de autor dos conteúdos publicados e possibilita a outros copiar e distribuir o material desde que atribuam o crédito aos autores.
O site é de fácil navegação e disponibiliza mecanismos de pesquisa de recursos que se encontram catalogados por áreas disciplinares e palavras-chave.

Acesso e distribuição
Os conteúdos do RIVED ficam armazenados num repositório e quando acedidos, via mecanismo de busca, vêm acompanhados de um guia do professor com sugestões de utilização. Cada professor tem a liberdade de usar os conteúdos sem depender de estruturas rígidas: é possível usar o conteúdo como um todo ou apenas algumas actividades ou ainda, alguns objectos de aprendizagem como animações e simulações.
Além dos conteúdos produzidos pela equipa do RIVED e pela Fábrica Virtual, também estão publicados conteúdos premiados pelo PAPED, Concurso RIVED e outros adquiridos através de parcerias com outras instituições de ensino.
O acesso aos objectos de aprendizagem do Rived contempla também a indicação de vídeos veiculados pela TV Escola que complementam o conteúdo trabalhado no objecto, enriquecendo ainda mais o processo de aprendizagem do aluno.

Catalogação dos Recursos
Os recursos encontram-se catalogados por nível de ensino, por área disciplinar e palavra-chave. Para pesquisar conteúdos é sugerido ao utilizador que indique um nível de ensino e uma área a pesquisar ou uma palavra-chave.
Após a pesquisa é apresentada uma lista de recursos disponíveis sobre a área pretendida. Cada recurso disponibiliza uma pequena descrição, uma visita guiada incluindo opções que permitem a compreensão de detalhes. A dada ainda a possibilidade de download para utilização noutro suporte, visualização online do recurso e possibilidade de comentar o mesmo.

Qualidade
Através de uma análise superficial de alguns RED’S disponibilizados, pensamos que estes possuem bastante qualidade. O envolvimento das instituições de ensino superior no programa, bem como o trabalho colaborativo das equipas intervenientes proporcionou um grande incremento na qualidade dos recursos disponíveis e no desenvolvimento das metodologias de aprendizagem.
O Rived disponibiliza um conjunto de documentos, catalogados como
“Padrões Rived” que servem de base à cria ão de novos recursos, tentando garantir a qualidade dos mesmos.

Custos
Observa-se que o desenvolvimento dos objectos de aprendizagem digital é fruto do trabalho de pessoas que desejam contribuir com a educação, é difícil mensurar o "valor" investido, mas o governo oferece bolsas de estudo, além do próprio website, que é o espaço online para funcionamento do projecto.

Análise do Espaço Online EducaRede

EDUCAREDE é um portal para pesquisar, comunicar, publicar e aprender em rede.
O EducaRede é um portal educativo, totalmente gratuito e aberto, dirigido a educadores e alunos do “Ensino Fundamental” e “Ensino Médio” da rede pública e a outras instituições educativas. O seu objectivo é contribuir para a melhoria da qualidade da educação, estimulando a integração da Internet no quotidiano da escola pública e possibilitando a inclusão digital a todos os jovens que o frequentam.

Tipo de recursos
Canais de cultura e de informação, apoio à pesquisa, conteúdos sobre tecnologia e educação: fóruns, salas de chat agendadas pelos utilizadores, galeria de arte para exposição de projectos, comunidade virtual, oficina de criação colectiva de textos, além de espaço para contribuição de internautas em todos os canais.

Formatos e standards
Os formatos encontrados neste site são htm e flash.

Produção
O Portal tem conteúdos exclusivos, preparados por especialistas em diversas áreas, que apoiam educadores e estudantes na abordagem de temas actuais e aliciantes. Permite também a produção partilhada através de projectos.

Financiamento
O Programa EducaRede é uma iniciativa da Fundação Telefónica em Espanha e na América Latina. No Brasil, tem a coordenação geral da Fundação Telefónica em parceria com o CENPEC (coordenador- executivo e gestor pedagógico), a Fundação Vanzolini da POLI/USP (coordenação tecnológica) e o Terra (infra-estrutura e hospedagem). Lançado em 2002 como um portal, a partir de 2004 foi caracterizado como um programa, em função da diversidade de acções desenvolvidas. Há parcerias com Governos locais.

Licenciamento
Obedecem aos princípios de direito de autor.

Acesso e distribuição
Todas áreas são livres mas algumas exigem que o utilizador faça um registo para aceder o material disponível.

Catalogação
Os recursos encontram-se catalogados por temas e palavras-chave.
Qualidade
A qualidade é "mutável", pois os objectos de aprendizagem digitais contam com a participação da comunidade académica que contribui para a melhoria dos recursos disponíveis, mas de início o material tem uma boa qualidade didáctica.

Custos
EducaRede é um projecto da empresa Telefónica que criou uma Fundação para assumir alguns compromissos de "responsabilidade social" juntamente com outros parceiros.

Conclusão
Após a breve análise efectuada a estes dois sítios, entre muitos outros existentes, e em que todos pretendem a generalizar a utilização e integração das TIC no Currículo e no processo de ensino- aprendizagem, como conclusão fazemos de seguida registo de algumas considerações que pensamos serem importantes.
Em primeiro lugar verificamos que ambos os sítios são de licenciamento de autor, embora o RIVED preveja o licenciamento gradual pelo Creative Commons dos conteúdos a serem aí produzidos, os quais são de domínio público de acesso livre e gratuito, tal como também acontece com o EDUCAREDE. Deste facto se conclui existir uma preocupação, da parte dos criadores e responsáveis por estes sítios, de que o acesso e utilização da informação disponibilizada sejam livres e gratuitos para o utilizador, pelo menos numa primeira abordagem.
Por outro lado, no que se refere ao domínio de topo, ambos os sítios se inserem no gTLD ( generic top-level domain) “org”, o qual se destina a organizações sem fins lucrativos, não havendo pois referência ao gTLD “edu”, o qual se refere à Educação e que, provavelmente, faria mais sentido ser utilizado.
Em relação a questões de acessibilidade, do ponto de vista do utilizador, também não é feita qualquer referência de conformidade com, por exemplo, o W3C, ou WCAG. Ainda no que diz respeito ao carácter universal de usabilidade, também em nenhum dos dois sítios analisados se encontraram indicações relativas ao nível do utilizador, do dispositivo, da situação de uso ou da intenção de uso.
Por fim, e tendo como comparação a realidade portuguesa, e em especial o caso do PTE, podemos considerar que estes dois sítios analisados podem constituir um ponto de comparação com o Portal Institucional do Ministério da Educação, ou servirem como suporte de referência à criação de um Portal de Escola.

Referências Bibliográficas:

http://www.rived.mec.gov.br
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm
http://creativecommons.org/ http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal http://www.w3.org/WAI/ http://www.w3.org/TR/WCAG20/ http://www.escola.gov.pt/escola.asp http://www.min-edu.pt/

Trabalho elaborado pelo Grupo B:

Ana Matos, Eduardo Aquino, Eduardo Nunes, Isabel Pinto-Coelho e João Piedade.

Análise de uma plataforma de ensino em regime e-learning: Livemocha

Razões subjacentes à selecção efectuada:

Dentro de uma economia globalizante existe a necessidade de que todos os cidadãos possam interagir entre si. Uma das formas de comunicação pode estar relacionada com a necessidade de utilização de um idioma comum, quer por questões profissionais quer por questões culturais.

Factores de escolha:
- Ser de utilização gratuita;
- Ser centrado no utilizador;
- A existência de utilizadores com conhecimentos básicos ou com conhecimentos mais avançados;
- Ser um espaço de aprendizagem colaborativa;
- A existência de várias formas de aprendizagem: auto-aprendizagem e aprendizagem monitorizada (com pessoas de vários Países);
- A existência de vários níveis aprendizagem: inicial, intermédia e avançada;
- Dentro do sistema é feita a avaliação de desempenho automaticamente na própria plataforma e ainda, uma avaliação entre os próprios utilizadores;
- Relativamente à certificação o Livemocha auxilia os utilizadores que procuram candidatar-se a exames de proficiência linguística junto aos órgãos competentes.

Organização e funcionamento do curso:

O curso divide-se em quatro áreas fundamentais: aprendizagem, pratica, partilha e interacção.
A plataforma baseia-se num registo inicial do utilizador. O utilizador caracteriza-se de acordo com a língua que fala e de acordo com a língua que pretende aprender. Como plataforma de ensino digital não tem uma estrutura hierárquica linear definida, funciona como sistema hipermédia possibilitando uma navegação análoga à do hipertexto.

Estrutura, conteúdos e dinâmicas de trabalho seleccionadas no curso:

Idiomas Disponíveis: Chinês (Mandarim), Inglês, Francês, Alemão, Hindu, Islandês, Italiano, Japonês, Português, Russo e Espanhol
Nível de cada Curso: O LiveMocha oferece cursos para iniciantes e cursos intermédios:
-Para estudantes de nível básico com pouca ou nenhuma familiaridade com o idioma;
-Para estudantes que conseguem articular frases e que sejam capazes de reconhecer o vocabulário básico;
-Para estudantes com facilidade de diálogo e de acompanhar conversações simples;
-Para estudantes que conseguem acompanhar conversações mais complicadas;
- Possibilidade de um utilizador frequentar mais de um curso em simultâneo.
Actividades: Leitura, escrita, expressão e compreensão oral.
Todas estas actividades são auxiliadas pelos utilizadores registados com capacidades para poder avaliar:
- Leitura de palavras, audição de palavras, audição de palavras ou frases;
- Escrita de mensagens, prática de competências na escrita, com o feedback da comunidade;
- Gravação de mensagens, prática de competências na expressão oral, com o feedback da comunidade;
- Diálogo com parceiros para a prática ao nível da conversação.

Flashcards: são uma forma divertida e fácil de rever os conteúdos de uma lição. O utilizador após ter seleccionado o tipo de lição que pretende aprender, escolhe um conjunto de flashcards, ao qual pode adicionar quantos flashcards quiser dentro da lição seleccionada. É
feita uma classificação, através de uma lista actualizada com os cinco membros com mais pontos, de cada lição.
Práticas: existência de uma secção “prática” que ajuda o utilizador no vocabulário, na pronúncia e na consolidação do idioma. O utilizador pode praticar sózinho enviando respostas por escrito ou gravada e ainda, pode praticar com um amigo ou membro da comunidade.

Diálogo: O utilizador selecciona um amigo ou membro da comunidade para um diálogo.

Expressão Oral: O utilizador lê em voz alta um texto (em simultâneo faz a gravação) e seguidamente selecciona um amigo ou um participante “falante” da comunidade para o rever e avaliar.

Escrita: É concedido um espaço ao utilizador para escrever as respostas e tal como na expressão oral o utilizador seguidamente selecciona um amigo ou um participante “falante” da comunidade para o rever e avaliar.

Comunidade:

Dentro da comunidade o utilizador pode enviar mensagens (envio de convite para chat), convidar amigos, localizar amigos (encontro de utilizadores que estão a aprender e a falar os mesmos idiomas) e gestão de amigos.
Qualquer utilizador pode dar o seu feedback sobre exercícios de expressão oral e escrita para outros utilizadores (estudantes) de outros idiomas da comunidade. Este feedback consiste numa avaliação (numa escala de 1 a 5) e comentários acerca da gramática, escolha de palavras, relevância do tópico, ortografia, pronúncia ou qualquer aspecto que o utilizador considere importante. Os melhores comentários recebem prémios semanais como forma de realçar os contributos dos utilizadores para a comunidade.
Ainda, o utilizador ao completar qualquer combinação de acções na plataforma recebe pontos. O número de pontos que o utilizador recebe depende das suas acções.
Qualquer utilizador pode bloquear o acesso a um determinado utilizador de forma que este não possa mais aceder ao seu perfil, ver os seus exercícios, enviar mensagens e enviar convite para chat’s.

Conclusões:

O e-Learning é fruto de uma combinação ocorrida entre o ensino com auxílio da tecnologia e a educação à distância. Ambas as modalidades convergiram para a educação on-line e para o refinamento baseado em Web.
Este tipo de plataforma (LMS – Learning Management System) possibilita a difusão do conhecimento e fornece informação para os estudantes abrindo um novo mundo para a distribuição e partilha de conhecimento, tornando-se também uma forma de democratizar o
saber para as camadas da população com acesso às novas tecnologias, propiciando a estas que o conhecimento esteja disponível a qualquer hora e em qualquer lugar.
No caso da plataforma estudada, a mesma parece-nos uma poderosa ferramenta de aprendizagem de línguas à distância.
É uma plataforma bem estruturada, que parece dar resposta às dificuldades de uma multiplicidade de utilizadores, integrando-os em níveis de aprendizagem similares às suas dificuldades/necessidades.
Como critica a esta plataforma, consideramos apenas que a mesma deveria aplicar um teste prévio ao aluno/utilizador (devidamente registado), para que haja uma maior exactidão na aplicação do nível correcto de aprendizagem.
O e-learning em geral, é sem duvida uma mais-valia para a criação de redes sociais de aprendizagem e conhecimento de um modo flexível, moldável às necessidades de cada indivíduo, e muitas das vezes sem custos.
Em suma, o e-Learning não põe em causa os papéis clássicos do aluno e do professor (quando aplicável), modifica apenas a abordagem.

Referências Bibliográficas:

- http://pt.wikipedia.org/wiki/E-learningg

- http://www.livemocha.com/
Trabalho elaborado pelo Grupo B:
Ana Matos, Eduardo Aquino, Eduardo Nunes, Isabel Pinto-Coelho e João Piedade.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sociogramas

Sociograma deste blogue:


Legenda:
azul: for links (the A tag)
vermelho: for tables (TABLE, TR and TD tags)
verde: for the DIV tag
violeta: for images (the IMG tag)
amarelo: for forms (FORM, INPUT, TEXTAREA, SELECT and OPTION tags)
laranja: for linebreaks and blockquotes (BR, P, and BLOCKQUOTE tags)
preto: the HTML tag, the root node
cinzento: all other tags

e-Learning e CoP

Uma Comunidade de Prática, ou CoP, segundo Wenger, tem a sua estrutura definida numa Comunidade, os seus membros, que coexistem num determinado Domínio, que constitui uma base de interesse comum e que lhe confere coesão e identidade, e que do resultado da interacções entre os seus membros resulta uma Prática ou produto.
Etienne Wenger considera ainda que uma comunidade de prática se desenvolve em três dimensões: mutual engagement, ou engajamento mútuo; joint enterprise, ou empreendimento mútuo; e shared repertoire, ou reportório partilhado. Estas são as “fontes de coerência de comunidades de prática”.
É um facto indiscutível que, cada vez mais, as tecnologias, assim como o seu próprio desenvolvimento, interessam às comunidades de prática. Por outro lado também interessam aos técnicos que desenvolvem as diversas ferramentas e recursos empregues pelas comunidades de prática. Deste interesse mútuo cria-se um ciclo em que se verifica uma realimentação, a qual tem levado a um amplo desenvolvimento quer dos recursos e ferramentas quer das aplicações dadas ou dos estudos efectuados pelas várias comunidades de prática.
Por outro lado os motivos de tais interesses devem-se essencialmente ao facto de se conseguirem eliminar as barreiras associadas ao tempo e ao espaço, conseguindo-se colocar as várias ferramentas ou recursos em quatro quadrantes:
· Mesmo tempo e mesmo local;
· Mesmo tempo e locais distintos;
· Tempos diferentes e mesmo local;
· Tempos diferentes e locais distintos
Assim um dos desafios mais relevantes postos às tecnologias será o papel crucial que têm ao disponibilizar novos recursos que promovam a coesão das comunidades de prática independentemente do quadrante espaço-tempo onde aquelas se desenvolvem.
A partir da minha experiência, e considerando a plataforma moodle como um espaço de gestão de aprendizagem, de seguida evidencio dois princípios que considero significativos para reflexão e desenvolvimento de práticas de utilização de plataformas de aprendizagem:
- Design para facilitar a utilização e aprendizagem. Porque as comunidades de prática não podem ser confundidas com os seus membros, o princípio geral de simplicidade é duplamente importante. Por um lado se existirem dificuldades em aprender a utilizar a tecnologia então, essas mesmas dificuldades irão rapidamente desencorajar a participação. Por outro lado se é exigida uma maior carga cognitiva na compreensão e utilização de determinada ferramenta ou recurso, então tal facto resulta numa menor disponibilidade para a dimensão de empreendimento mútuo da comunidade de prática. A adopção de ferramentas familiares é mais rápida e menos penosa do que ferramentas que pareçam demasiado novas ou demasiado diferentes. Ao mesmo tempo, a interacção entre os vários membros da Comunidade pode levar a níveis elevados de sofisticação.
-Design evolutivo. Ao contrário de uma equipa, em que o seu trajecto ou produto pode ser bem planificado desde o início, numa comunidade de prática teremos sempre uma viagem de descoberta e de criatividade. Assim é conveniente que as ferramentas ou recursos ao dispor da comunidade de prática se adaptem e evoluam de acordo com as suas necessidades ou práticas.

Palavras-chave, keywords:
Coesão, Criatividade, Design, Usabilidade
Togetherness, Inventiveness, Design, Usability

Referencias Bibliográficas
· Santos, M. P.(2002). Um olhar sobre o conceito de ‘comunidades de prática’. Comunidades de Prática.
· Wenger, E.(1998). Communities of Practice – learning, meaning and identity. Cambridge University Press. Cambridge.
· Wenger, E.; White, N. Smith, J.; Rowe, K. (2005). Technology for communities. CEFRIO Book Chapter

Porquê Comunicar e Colaborar on-line

Sob um ponto de vista prático pode-se considerar como benéfica a desmaterialização da informação por se comunicar e colaborar on-line. A ausência do papel tem uma consequência ambiental positiva e a leitura com recurso ao hipertexto possibilita uma leitura não linear e pessoal, que de outro modo era impossível. Por outro lado se a comunicação se faz com recurso a uma rede de informação então, também não é menos verdade, essa mesma informação pode caracterizar-se por ser de acesso universal, com todas as vantagens e desvantagens que daí possam advir.
Continuando com as vantagens de comunicar on-line realço também aquilo que se relaciona com a "não linearidade" espacial e temporal deste tipo de comunicação. Existe, pois, a possibilidade de colaboração sem restrição de tempo e de local e desta possibilidade pode resultar uma enorme economia de esforços e/ou recursos.
Como desvantagem, não queria deixar de referir que comunicar e colaborar on-line actualmente, ainda pode ser redutor por lhe faltar algumas das mais importantes características de uma comunicação presencial, a saber: a comunicação corporal e gestual, a transmissão de informação relacionada com os sentidos como o cheiro, o paladar ou o tacto.

Integração Curricular das TIC


Mapa de Conceitos


















As culturas computacionais na sociedade actual e a educação

Análise do artigo "Collaborative Development: A New Culture Affects an Old Organisation"
O artigo mencionado podde ser acedido através da seguinte hiperligação:
Introdução
O artigo mencionado relata a aplicação de uma nova metodologia de desenvolvimento na implementação de um novo projecto de TI na Universidade de Wiscosin-Madison. Assim, e em vez do método tradicional de “construção em cascata”, em que projectistas e utilizadores se encontram sempre separados quer na construção, quer na aplicação ou ainda na avaliação de determinado projecto, os autores adoptaram um modelo colaborativo de desenvolvimento, onde todos os actores envolvidos no projecto se encontram reunidos, e ao longo deste artigo relatam todo o processo assim como a sua avaliação.
Resumo
Assim na análise das consequências da aplicação do processo colaborativo, são referidos aspectos ao nível da mudança de cultura, ao nível da comunicação, ao nível da tomada de decisões e ao nível da gestão de expectativas. No final faz-se uma conclusão das razões que levam a acreditar porque este é um melhor processo na resolução de projectos de TI.
Mudança de cultura
Ao nível da mudança de cultura refere-se que se cria uma nova cultura resultante da fusão de muitas outras culturas ou modos de trabalho utilizados anteriormente, como sejam a criação de várias equipas de trabalho ou o estabelecer meios de comunicação efectiva entre os intervenientes o que começa por provocar um alto sentimento de incerteza e ansiedade ou marginalização nos diversos membros das equipas (“…There was a huge sense of uncertainty…”, p-41; “…the way they had done their jobs for years was no longer important. They felt marginalized…”, “…In the IT arena, the collaborative process also precipitated dramatic changes, and the intense team work was not initially seen as desirable…”, p-42). No entanto, com o desenrolar do projecto ao longo do tempo todos os participantes acabaram por reconhecer que o seu envolvimento e a sua participação, foram determinantes e fundamentais para a conclusão de todo o processo, e a um nível de qualidade superior ao dos processos tradicionais. Na resolução destas mudanças verificou-se ser fundamental a realização de “conversas” face a face, em pequenos grupos ou em grupos alargados de trabalho, de forma a discutir o processo, a definir papeis e responsabilidades, esclarecer dúvidas ou ultrapassar receios, causas estas inerentes à mudança realizada. Por fim de referir que todas as mudanças registadas devem ser usadas como uma oportunidade de desenvolvimento de novas competências e desenvolvimento profissional.
Comunicação
Segundo os autores do artigo, no que concerne à comunicação, a quebra da cultura tradicional de trabalho tem como consequência, de entre outras coisas, que os canais ou formas de comunicação tenham de ser redefinidos. A quebra de uma estrutura tradicional de comunicação leva-nos a resolver dois novos problemas, um ao nível dos intervenientes, outro ao nível dos canais de comunicação. Assim por exemplo, visto que a chave da colaboração reside na comunicação, seríamos levados a pensar que quanto mais melhor, no entanto este “mais” pode resultar num “ignorar” ou “isolar”. Assim remover é tão importante quanto adicionar actores ou informação no processo colaborativo, e são disso exemplo a gestão de listas de e-mails ou fóruns de discussão.
Por outro lado há que ter em atenção que a estrutura de comunicação é dinâmica, a maior parte das vezes não se aplica da mesma maneira em diferentes fases do processo. Outra variável a considerar é a necessidade da existência de um porta-voz por cada equipa de trabalho, pois assim cria-se um filtro para o “ruído” causado por informação desnecessária ou incorrectamente transmitida. No aspecto que se acabou de referir, não se pode esquecer a relação que o mesmo tem com aspectos individuais de personalidade, ou ainda com eventuais mal-entendidos ou interpretações dúbias o que leva a considerar a existência de discussões abertas e à existência de um outro elemento de validação de informação, e em que este último interveniente não se torne num pólo de discórdia, mas sim num elemento facilitador da comunicação e proactivo na resolução de conflitos.

Tomada de Decisões
Uma das metas do processo colaborativo relaciona-se com a resolução, teste e avaliação de problemas de uma forma mais fácil e mais rápida. Isto porque, por exemplo, se uma solução para um determinado problema falhar, as mudanças serão mais rapidamente encontradas visto as equipas de trabalho terem um conhecimento mais profundo do projecto dado que as são compostas por todos os tipos de intervenientes no projecto. Convém assim dotar as equipas de trabalho com poderes de autonomia, o que as responsabiliza em todo o processo. Do mesmo modo, deverá haver relatórios escritos regulares e reuniões ao longo do desenrolar do processo, para a troce de informação e negociação de decisões.
Gestão de expectativas
Visto que o ambiente colaborativo se predispõe à utilização de situações de brainstorming e de estreita colaboração entre os intervenientes, é natural que surjam muito boas soluções, no entanto também eventualmente algumas delas não serão para aplicar numa situação de solução que os autores denominam de versão 1.0, quer por razões económicas quer por razões de eficiência do projecto, em que as demais das vezes a versão 1.0 não será a versão final desse mesmo projecto.
Assim se chega à conclusão de que os limites do processo colaborativo se encontram no brainstorming atrás mencionado, na capacidade de abertura do processo e em situações de inclusão. Por isto que se acaba de referir, e porque os intervenientes acabam por se envolver também emocionalmente através das ideias e soluções que propõem, então uma das vertentes importantes deste processo reside na gestão das relações interpessoais e gestão de expectativas.
Para superar alguns dos problemas que surgem na gestão em questão convém pois tomar algumas decisões tais como: restringir, sempre que possível, a discussão centrada no produto pretendido ou na planificação do projecto e na planificação traçada; seguir de acordo com prioridades pré-estabelecidas; definir quais as etapas intermédias que são fundamentais para a prossecução do projecto; comunicar as razões que justificam a tomada de decisões e a análise de toda a estrutura do projecto; estabelecer protocolos de avaliação e testagem intermédias; respeitar regras claras para que se atinja o sucesso de todo o processo. Isto tudo com o intuito de se conseguir a conclusão do projecto de um modo efectivamente mais rápido do que por utilização dos processos tradicionais.
Porque é este um melhor processo
Os autores começam por relatar que o aparecimento de um erro do projecto se torna de muito mais fácil resolução visto as ligações entre as diversas equipas já existirem, por outro lado também existe um conhecimento mais profundo de todo o projecto dada a heterogeneidade dessas mesmas equipas e onde as barreiras de comunicação já foram vencidas em etapas anteriores do projecto. Para reforçar as conclusões em benefício da utilização deste processo seguem-se algumas transcrições do artigo (p-45):
“…A particular benefit was the strenght of the relationships built by using this methodology…”
“…We believe the collaborative process Isa significant improvement over a waterfall process…”
“…The collaborative process has become the new standard for projects betwen the Registrar’s Office and DoIT…”
Análise comparativa do artigo com eventuais desafios propostos à Educação
Torna-se óbvio que o desenvolvimento colaborativo é actualmente um dos desafios propostos aos métodos tradicionais de ensino utilizados na Educação. Este mesmo processo colaborativo torna-se mais evidente com a utilização crescente de Sistemas de Gestão de Aprendizagem LMS (Learning Management System), e, nomeadamente em Portugal com a divulgação e adopção por parte das escolas, da plataforma moodle.
A plataforma moodle ao proporcionar um ambiente virtual de aprendizagem apoiado na internet acaba por ser a ferramenta ideal para o desenvolvimento colaborativo tal como é explanado no artigo em análise.
Pela independência do espaço e do tempo proporcionada por esta plataforma, também ela gestora de conteúdos, então estas são mais duas razões de peso para a adopção da mesma para a experimentação de projectos colaborativos em educação.
De toda a análise realizada no artigo, todos os aspectos abordados são igualmente válidos nos processos de ensino-aprendizagem e assim o paralelismo entre as duas realidades, Empresarial e a de Educação é evidente, bastando para isso, por exemplo, substituir a noção de Projecto empresarial por Conteúdo programático de uma determinada disciplina. Por outro lado ao implantarmos o processo colaborativo no sistema educativo, porque esse mesmo processo irá ser adoptado pelo sistema empresarial então não estamos mais do que a construir a Escola para a vida.
Por fim apresento algumas ligações que considero importantes para a compreensão deste processo que se centra mais nas pessoas do que apenas nas tecnologias:

O PTE sob uma Óptica Crítica


É claro que Poder e Saber sempre andaram de mãos dadas, e como tal sempre houve a tendência do poder político controlar/instrumentalizar o ensino e os caminhos do conhecimento.
“Não há dúvida que as TIC são uma mais-valia para o ensino, mas devemos saber utilizá-las com moderação e como um complemento, um auxiliar, um facilitador, na pesquisa, na busca do saber e não como o detentor de todo o saber.”
Ou seja: pretendo ter uma atitude positiva perante este Choque Tecnológico, aproveitar dele e para os meus alunos e as suas aprendizagens, aquilo que o dito poderá de “bom” fornecer. É claro que “bom”, ainda é algo a discutir e a aprofundar.
Por outro lado, também acho que seja óbvio considerar as TIC como um complemento, ou mais uma ferramenta ao alcance do professor e dos alunos no processo do ensino aprendizagem. E ainda é lícito considerar que as TIC não são, nem nunca serão, um repositório de todo o saber.
Tal como já afirmei, num destes fóruns, não é por ter surgido o cinema que teatro terá de acabar, ou ainda, não foi por ter surgido a televisão que irá acabar a rádio.Assim e para concluir, considero que nestas coisas do ensino, do conhecimento e da sociedade deve existir um equilíbrio estruturado e uma dinâmica dialéctica. No caso presente de Portugal, tendo em atenção sermos um país economicamente débil, então devemos procurar eficiência de recursos e processos, em detrimento de uma pretensa eficácia que será sempre muito mais dispendiosa e de resultados duvidosos. Na situação actual em que nos encontramos, e sob uma óptica crítica, a qual entendo que deve sempre existir, não nos podemos dar ao luxo, dessa mesma crítica não ter de ser construtiva.